Bem-vindo ao Curso de Marinheiro, este é o primeiro passo para a sua aventura náutica!

Navegar é uma arte antiga. Desde os primórdios da antiguidade que o Homem foi desenvolvendo capacidades que lhe permitiram navegar sobre as águas, indo cada vez mais longe e com maior segurança.

Desta experiência foi nascendo um saber que, apoiado no desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico, deu origem à navegação tal como a conhecemos hoje.

Navegar é assim a aplicação de várias artes e ciências. A navegação enquanto ciência que nos ensina a determinar a posição do navio no mar, a determinar rumos e a calcular

De especial relevo para quem pretende andar no mar são os conhecimentos sobre a constituição, nomenclatura e manobra de navios e embarcações, e também da Arte de Marinheiro: nomenclatura e utilização de cabos e aparelhos de força para além de conhecer as regras de conduta e segurança no mar.

A Carta de Marinheiro habilita o titular à navegação diurna até 3 milhas da costa e 10 milhas de um porto de abrigo conduzindo embarcações de recreio até 12m de comprimento, com potência adequada à embarcação (titulares com mais de 18 anos) ou até 6m de comprimento, com potência máxima de 22,5 kW (30 Cv) (titulares dos 14 aos 18 anos) e motas de água e jet-ski sem limite de potência (titulares com mais de 16 anos). 

Conteúdos:

1. Apresentação

2. Legislação

3. Marinharia

4. RIEAM - Regulamento para evitar abalroamentos no mar;

5. Primeiros socorros, Incêndios e Segurança

6. Marés

7. Meteorologia

8. Motores e Mecânica

9. Comunicações

Após o estudo de cada módulo, a realização dos questionários de revisão e a realização das práticas de marinharia, estarão reunidas as condições para ser submetido ao exame para obtenção da Carta de Marinheiro.

O exame será realizado nas instalações da JUSTDIVE. O examinador será um elemento a designar pela DGRM sendo o exame realizado em data validada pela mesma entidade.

O exame teórico é constituído por 30 perguntas e terá uma duração de 1h aproximadamente. 

Regras do exame:

No grupo de perguntas do RIEAM (1 a 6) não pode errar mais do que uma pergunta;

São considerados APTOS no exame teórico os examinandos com uma  IGUAL ou SUPERIOR a 12 VALORES, sem prejuízo do disposto nas alínea anteriores.

Após ter concluído com sucesso este exame teórico será submetido a um exame prático com a nossa embarcação.

Será da responsabilidade do Balcão do Mar a emissão das respetivas licenças de navegação.

Normalmente após 2 semanas ficarão disponíveis os pdf's com as licenças oficiais. As cartas de navegador de recreio são posteriormente enviadas para a JUSTDIVE para serem levantadas pelos navegadores.

A legislação referente à náutica de recreio tem vindo a sofrer alterações ao longo dos anos.

É fundamental estarmos atualizados para que não possamos ser surpreendidos por uma infração que desconheçamos.

As principais legislações portarias referentes à náutica são as seguintes:

• Decreto-Lei nº93-2108 13 novembro -  O presente decreto-lei tem por objeto a criação de um novo regime jurídico aplicável à náutica de recreio e que vem alterar o quadro jurídico da atividade da náutica de recreio, previsto no Regulamento da Náutica de Recreio, aprovado pelo Decreto -Lei nº 124/2004, de 25 de maio.
• Portaria n.º 1464/2002 de 14 de Novembro - Esta portaria vem alterar a Portaria n.º 427/96, de 30 de Agosto a que se refere aos equipamentos das embarcações de recreio (ER) respeitantes aos meios de salvação, aparelhos, meios de segurança, meios de radiocomunicações, instrumentos náuticos e primeiros socorros.

Para ser um navegador de recreio torna-se necessário conhecer a constituição base de uma embarcação, a nomenclatura e termos utilizados pelos marinheiros, saber executar manobras diversas tais como atracar, fundear e recolher um náufrago, assim como dominar algumas artes de marinheiro.

Tal como outras atividades, a prática com a embarcação é melhorada de dia para dia e, como em tudo na vida, a prática conduz ao sucesso!

Para conduzir um carro é necessário ter alguma destreza na execução de manobras mas também é essencial saber como circular na estrada, perceber quem tem prioridade, conseguir rapidamente interpretar os sinais visuais que se encontram nas vias de circulação e adequar a condução às condições com que se depara.

Tal como em terra, no mar existe um conjunto de regras, sinais visuais e sonoros por forma a evitar a colisão de embarcações e a nos possibilitar uma navegação segura de acordo com as condições marítimas e atmosféricas.

O R.I.E.A.M. - Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar -  é um regulamento que trata de providenciar todo esse conjunto de regras, sendo absolutamente necessário conhecê-lo e atuar em conformidade.

Tal como em qualquer lugar, a segurança no mar é resultado de uma prevenção  e atenção constante!

Acontece que nem sempre conseguimos dominar todas as circunstâncias e no mar temos condições mais adversas que em terra.

Tendo isto em consideração devemos ser conhecedores de noções básicas de primeiros socorros, prevenção e combate a incêndios assim como dos meios de segurança à disposição na embarcação. 

Em última instância será importante ter algumas noções básicas de sobrevivência no mar.

Ao aproximar-se da costa o navegante deve ter particular atenção às profundidades existentes na área que pretende navegar. As sondas, as linhas batimétricas impressas nas cartas náuticas fornecem essa informação. No entanto, em zonas especialmente baixas, o navegador deve entrar em linha de conta com o efeito da maré para calcular qual será o fundo que dispõe num determinado local e a uma determinada hora, ou então qual será o melhor período de tempo em que dispõe de água suficiente para poder navegar numa área de fundos reduzidos.

Para além da variação da altura da água, é também importante o fenómeno das correntes de maré. Embora quase sem importância em mar aberto, as correntes de maré assumem particular importância na navegação em estuários e noutras águas confinadas.

A meteorologia sempre foi para o Homem algo de muito importante. De facto, de uma maneira ou de outra ela vai condicionando a vida de cada um de nós. Na verdade o que se pretende é que esteja sempre bom tempo. Mas bom tempo para o turista será necessariamente diferente de bom tempo para o agricultor. Bastará pensar-se que para o primeiro ideal é a ausência de chuva, enquanto que para o segundo chover é bom.

Se se pensar que Aristóteles escreveu o primeiro Tratado de Meteorologia cerca 350 anos a.C., então ficar-se-á com a certeza que esta foi, é, e continuará a ser, uma matéria de elevado interesse para o Humano em geral e para o Navegante em particular.

"Conhecer para não Temer" é a expressão que sumariza este módulo!

Mais importante do que se tornar um mecânico será conhecer as principais avarias por forma a conseguir, de uma forma autónoma, resolver esses incidentes.

Aqui vai encontrar alguns documentos de apoio ao estudo:

Aqui encontrará uma lista de perguntas organizadas por temas.

No final encontrará as soluções.

Aqui podem rever as videoconferências temáticas.

Aqui poderá encontrar um conjunto de exames e as respetivas soluções.